17 de set. de 2014

afago

aquilo que
ao toque
contrai-se, vibra e goteja,
escorre pela pele ao pelo
sob o cheiro de íntimo,
de consistência lacrimosa
e temperatura que não se quer saber o que é:
ora é quente,
hora é fria.
não almeja o morno.




"Quem és? Perguntei ao desejo.
                Respondeu: lava. Depois pó. Depois nada."

perguntou-me do que era eu feito
- de tudo o que é secretado - tentei ter dito
não respondi nada.
expressei algo entre os olhos e os lábios
e deixei que entendesse à sua maneira

porque ao desejo
todo
 e qualquer jogo de estímulo




é ressignificação